Perfis Teorema de Bernoulli
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Perfis Teorema de Bernoulli
Neste sitio tem um livro, muito bom sobre aeromodeslimo, onde uma boa parte e sobre perfis de asa e sobre teorema de bernoulli
http://clubeaerolisboa.no.sapo.pt/livro.htm
http://www.fpam.pt/informacoes/LivroAeromodelismo/
http://clubeaerolisboa.no.sapo.pt/livro.htm
http://www.fpam.pt/informacoes/LivroAeromodelismo/
Última edição por Thomas.S em sábado jul 21, 2007 7:19 pm, editado 1 vez no total.
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- Capitão de Fragata
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- Capitão de Fragata
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Ora cá estou eu, de novo, Thomas, depois de ter visitado os sítios que referiu na sua mensagem.
Ambos os locais indicados referem-se (um através do CAL e outro da FPAM) à notável obra escrita pelo aeromodelista José Carlos Rodrigues.
Devo dizer que não deverá ser fácil encontrar uma abordagem, feita de forma tão clara e acessível aos meandros das teorias das mecânicas de fluídos, como o Autor lá faz. Fiquei "cliente".
Os princípios teóricos abordados, sob o prisma da aeronáutica, são, óbviamente, os que se aplicam nos foils permanentemente submersos. Porém, as forças em jogo são bem diferentes entre uma asa mergulhada (voando) num meio gasoso ou num meio líquido, por força, por exemplo, da muito maior densidade do meio, menor velocidade de deslocação e inconstância dessa velocidade ao longo da deslocação.
De facto, a passagem a regimes turbulentos, as entradas em perda por cavitação, a influência do ângulo de ataque do foil, a ondulação do mar, a pequena profundidade do foil e outros problemas específicos dos meios líquidos têm - dentro da mesma abordagem teórica da aeronáutica - formas de correcção bem específicas.
Dentro das nossas capacidades, estamos prontos a partilhar consigo a informação que, sobre esta matéria, temos conhecimento. Tenho a certeza que é também esse o sentimento de todos os membros deste Fórum. Avance, pois, Thomas. Todos, tentaremos ajudá-lo.

Ambos os locais indicados referem-se (um através do CAL e outro da FPAM) à notável obra escrita pelo aeromodelista José Carlos Rodrigues.
Devo dizer que não deverá ser fácil encontrar uma abordagem, feita de forma tão clara e acessível aos meandros das teorias das mecânicas de fluídos, como o Autor lá faz. Fiquei "cliente".


Os princípios teóricos abordados, sob o prisma da aeronáutica, são, óbviamente, os que se aplicam nos foils permanentemente submersos. Porém, as forças em jogo são bem diferentes entre uma asa mergulhada (voando) num meio gasoso ou num meio líquido, por força, por exemplo, da muito maior densidade do meio, menor velocidade de deslocação e inconstância dessa velocidade ao longo da deslocação.
De facto, a passagem a regimes turbulentos, as entradas em perda por cavitação, a influência do ângulo de ataque do foil, a ondulação do mar, a pequena profundidade do foil e outros problemas específicos dos meios líquidos têm - dentro da mesma abordagem teórica da aeronáutica - formas de correcção bem específicas.


Dentro das nossas capacidades, estamos prontos a partilhar consigo a informação que, sobre esta matéria, temos conhecimento. Tenho a certeza que é também esse o sentimento de todos os membros deste Fórum. Avance, pois, Thomas. Todos, tentaremos ajudá-lo.



Cumprimentos,
José Franco da Costa
José Franco da Costa
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Caro Jose,
Concordo com voce que a velocidade do foil na agua ocorre "menor velocidade deslocacao". Isso significa que precise de um perfil que "plane" a baixa velocidade? O angulo de ataque no aeromodelismo existe um limite antes de perder a sustentacao, imagino que na agua deva ter o mesmo problema. Qual seria esse angulo?
Foi mencionado cavitacao, isso significa que o perfil do foil nao esta adequado ou na agua sempre ocorre esse fenomeno fisico. No ar qunado o corre isso ja se prede a sustentacao.
Antes de montar um modelo a motor eletrico estou querendo montar um modelo a vela Catri 24 ou parecido, tem alguma opiniao sobre a dificuldade em reproduzir modelo?
Abracos, Thomas
Concordo com voce que a velocidade do foil na agua ocorre "menor velocidade deslocacao". Isso significa que precise de um perfil que "plane" a baixa velocidade? O angulo de ataque no aeromodelismo existe um limite antes de perder a sustentacao, imagino que na agua deva ter o mesmo problema. Qual seria esse angulo?
Foi mencionado cavitacao, isso significa que o perfil do foil nao esta adequado ou na agua sempre ocorre esse fenomeno fisico. No ar qunado o corre isso ja se prede a sustentacao.
Antes de montar um modelo a motor eletrico estou querendo montar um modelo a vela Catri 24 ou parecido, tem alguma opiniao sobre a dificuldade em reproduzir modelo?
Abracos, Thomas
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Thomas escreveu
Isso significa que precise de um perfil que "plane" a baixa velocidade?
Normalmente o perfil adoptado no foil é um concavo/plano, sendo que a face inferior é a plana. Na inevitável comparação com os aeroplanos é um perfil auto-sustentável, semelhante aos utilizados nas asas altas.
Thomas escreveu
O angulo de ataque no aeromodelismo existe um limite antes de perder a sustentacao, imagino que na agua deva ter o mesmo problema. Qual seria esse angulo?
É tal qual a mesma coisa. Nos hydrofoils reais o ângulo de ataque é sempre automaticamente variável por meio de computadores. Os seus valores são menores que 5º (por volta dos 3º)
Thomas escreveu
Foi mencionado cavitacao, isso significa que o perfil do foil nao esta adequado ou na agua sempre ocorre esse fenomeno fisico. No ar qunado o corre isso ja se prede a sustentacao.
É tal qual a mesma coisa. Entram em perda. Isso é uma das razões pela qual nos hydrofoils reais o ângulo de ataque é variável.
Thomas escreveu
Antes de montar um modelo a motor eletrico estou querendo montar um modelo a vela Catri 24 ou parecido, tem alguma opiniao sobre a dificuldade em reproduzir modelo?
A experiência por cá ainda é pouca
E as dificuldades são muitas ...
. Se você deu uma espreitadela (espero que sim ...
) no tópico sobre o desenvolvimento histórico dos hydrofoils terá visto a evolução do número, perfil e forma dos foils e em http://www.kjps.co.jp/english/emini/emini1.htm vai-se aperceber das dificuldades técnicas de uma embarcação deste tipo.
Eu ando a tentar pôr um eléctrico a navegar mas ainda tenho alguns (vários) problemas a ultrapassar. Modelista é isto mesmo, não é?
Entre os dois tipos de propulsão proposta (motor eléctrico ou à vela) acho que com a motorização eléctrica tudo deverá ser mais fácil - por isso a opção nas experiências feitas - uma vez que o controlo da velocidade é mais correcto e garantido que num veleiro, e assim haverá um maior controlo nas diferentes condições hidrodinâmicas do foil.
Oxalá o tenha ajudado.

Isso significa que precise de um perfil que "plane" a baixa velocidade?
Normalmente o perfil adoptado no foil é um concavo/plano, sendo que a face inferior é a plana. Na inevitável comparação com os aeroplanos é um perfil auto-sustentável, semelhante aos utilizados nas asas altas.
Thomas escreveu
O angulo de ataque no aeromodelismo existe um limite antes de perder a sustentacao, imagino que na agua deva ter o mesmo problema. Qual seria esse angulo?
É tal qual a mesma coisa. Nos hydrofoils reais o ângulo de ataque é sempre automaticamente variável por meio de computadores. Os seus valores são menores que 5º (por volta dos 3º)
Thomas escreveu
Foi mencionado cavitacao, isso significa que o perfil do foil nao esta adequado ou na agua sempre ocorre esse fenomeno fisico. No ar qunado o corre isso ja se prede a sustentacao.
É tal qual a mesma coisa. Entram em perda. Isso é uma das razões pela qual nos hydrofoils reais o ângulo de ataque é variável.
Thomas escreveu
Antes de montar um modelo a motor eletrico estou querendo montar um modelo a vela Catri 24 ou parecido, tem alguma opiniao sobre a dificuldade em reproduzir modelo?
A experiência por cá ainda é pouca



Eu ando a tentar pôr um eléctrico a navegar mas ainda tenho alguns (vários) problemas a ultrapassar. Modelista é isto mesmo, não é?

Entre os dois tipos de propulsão proposta (motor eléctrico ou à vela) acho que com a motorização eléctrica tudo deverá ser mais fácil - por isso a opção nas experiências feitas - uma vez que o controlo da velocidade é mais correcto e garantido que num veleiro, e assim haverá um maior controlo nas diferentes condições hidrodinâmicas do foil.
Oxalá o tenha ajudado.


Cumprimentos,
José Franco da Costa
José Franco da Costa
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