A mostra ficará patente até ao dia 31 de Agosto, na Sala Polivalente do Edifício Paços do Concelho, na Praça Gil Eanes.
José António Arez Viegas é residente em Lagos desde sempre, apaixonado pela sua terra, pelo mar e pelas actividades que em torno dele se desenvolvem, começou a fazer os primeiros modelos de embarcações muito novo, mais ou menos há 40 anos.
Comerciante desde sempre, pelos seus antigos estabelecimentos de taberna e mercearia da Praça Gil Eanes (onde actualmente se encontra a Caixa Geral de Depósitos) e restaurante Arribalé na Rua da Barroca, passaram muitos homens do mar, para além de artistas, poetas e anónimos, e entre conversas aguçou o seu gosto pelos variados tipos de barcos que animavam com as suas cores a Baía de Lagos e o Porto de Pesca, os quais registou com o seu olhar atento e reproduziu sem recorrer a medidas de escala.
Na feitura dos seus modelos aperfeiçoou a técnica. Com o passar do tempo abandonou a cortiça com que fazia os moldes revestidos pela folha de madeira, e passou a utilizar simplesmente este último material, com retoques finais em que a linha de algodão, o plástico e o tecido também tinham o seu papel, fosse para o cordame, para os panejamentos das velas ou para os vidros das cabinas das embarcações.
Como poderá observar-se nesta exposição, não foram descurados os mais ínfimos detalhes nos vários elementos que compõem cada uma das embarcações, e que revelam não só a mestria do artista mas também põem a descoberto a saudade que o mesmo tem dos barcos originais que aqui antigamente se mostravam.
O autor Arez Viegas ficou “feliz por ajudar a tentar reproduzir o passado desta cidade, sempre com a intenção de que não caia em esquecimento aquilo que Lagos foi um dia”. Esta exposição, é “uma justa homenagem a um cidadão de Lagos, cujo talento, criatividade e persistência, são facilmente reconhecidos nos 28 barcos expostos”.


Se alguem lá for, e fizer algumas fotografias, agradeço que divulgue aqui.